ESTÁGIOS EVOLUTIVOS
15 Porquanto dizeis: Fizemos aliança com
a morte e com o além fizemos acordo; quando passar o dilúvio do açoite, não
chegará a nós, porque por nosso refúgio, temos a mentira e debaixo da falsidade
nos temos escondido.
Livro do Profeta Isaías, cap. 28:15.
Isaías,
escritor, pregador e profeta
Obra de Giovanni Battista Tiepolo, pintor italiano (1696-1770).
O ser humano
Nasce do pó do chão,
Onde a escuridão
Ainda permanece.
“Eu, filho do carbono e do amoníaco,
Monstro de escuridão e rutilância,
Sofro, desde a epigênese da infância,
A influência má dos signos do zodíaco.”
Augusto dos Anjos, poeta brasileiro
(1884-1914).
O ser criado é um livro
Que inerte ou ativo
Sempre evolui.
Ele é tudo isto
Que está escrito
No Livro da Revelação
Buscando a redenção.
Ele é um Espírito
Que descerra o véu
E surge nas nuvens do céu
Para cumprir o seu papel
No meio da visível Humanidade.
Ele nasce e renasce
Num corpo de carne
Que desce ao vale
E lá se decompõe
Como a Lei Física impõe,
Mas permanece integral.
Ele personifica cada igreja
Para que todo mundo veja
O seu modo de agir.
Ele personifica cada cavalo
Que completamente selado
Só gera atrapalho
Na vida dos outros e de si mesmo.
Ele é toda trombeta
Que toca um som incerto
Mesmo sabendo que está perto
O tempo do fim...
Ele é ao mesmo tempo
A mulher e o dragão
Que gera um filho varão,
Mas tenciona devorá-lo.
É por causa dele
Que há peleja no céu,
Entre Miguel e Luzbeu.
É ele que persegue a mulher
Quando munido de má fé.
“No meio do
caminho de nossa vida
Me achei em uma selva escura
Quando o caminho correto se perdera.”
Dante
Alighieri, escritor e poeta italiano (1265-1321).
Ele é a besta
Que emerge do mar
Quando quer contrariar
As Leis Divinas.
Por isso,
Tem sete cabeças e vários chifres
E sobre os chifres dez diademas,
E sobre as cabeças
Escritas só blasfêmias.
Aborto, prostituição,
Guerra, pornografia,
Droga, pedofilia,
Tentando a destruição da família.
Todos estes atos
Desonram o nome de um DEUS,
Que gerou os filhos Seus
No Amor Divino.
Ele é a besta
Que sobe da terra
Munida de dois poderes:
O bem e o mal
Aumentando o seu arsenal
De falsidade.
Ele também sobe num monte
E se coloca defronte
De muita gente
Que traz na fronte
O seu nome.
Ele também possui muitas vozes,
Pois muito meio de comunicação
Dá a ele toda a atenção.
Ele também faz ceifa
E completa vindima
Para piorar a sina
De muita gente
Que vegeta indiferente
Ao seu glorioso Destino.
Ele também canta
Hinos de glorificação
Ao deus de sua criação.
Ele também flagela
Quando o seu adepto erra
O alvo almejado.
Ele é com convicção
A grande prostituta
Que se veste de púrpura
E de cor escarlata
Para arrebanhar a massa
Cheia de interesses escusos.
Ele é a grande Babilônia
Que até hoje sonha
Dominar o mundo.
Dante
Alighieri, escritor e poeta italiano (1265-1321).
Muitos o admiram
E dele não se retiram
Porque o adoram.
No seu céu
Há também alegria
Quando alguém se desvia
Do Caminho da Ascensão Divina.
Ele é um anticristo,
Mas muita gente o julga um cristo
Pela sua grande ação mundial.
Ele também é presa
Dos erros que pratica
E jamais se justifica.
Ele está na própria prisão,
Mas se considera livre
Por causa da multidão
Que o segue.
“Quem és tu que queres julgar, / com
vista que só alcança um palmo, / coisas que estão a mil milhas?”
Dante
Alighieri, escritor e poeta italiano (1265-1321).
Ele sofre um grande juízo,
Mas um poder temporal
Concede-lhe abrigo.
Ele renova o seu espaço
Para enganar os incautos
Que seguem os seus rastros
Sem ao menos
Procurar conhecê-lo.
Ele tem construída
Uma luxuosa fortaleza
De grande beleza
Para os olhares medianos.
Ele tem um rio,
Mas é o da morte
Que dá o bote
Para conquistar as criaturas
Que com ela
Fizeram alianças futuras.
“O mundo é
cego, e tu vens exatamente dele.”
Dante
Alighieri, escritor e poeta italiano (1265-1321).
Multidões e multidões
Habitam os seus mundos
Nos abismos profundos,
Enganadas por um poder
Que as faz sobreviver
Na mentira.
18 A vossa aliança com a morte será
anulada, e o vosso acordo com o além não subsistirá; e, quando o dilúvio do
açoite passar , sereis esmagados por ele.
Livro do Profeta Isaías, cap. 28:18.
